Deixo Aqui parte da Carta que meninos mandaram aos Pais no ultimo dia 19 de Março.
Espero que gostem
Ana Nogueira
“ A nossa geração quis dar o melhor ás crianças e aos jovens.
Sonhámos grandes sonhos para eles.
Procurámos dar-lhes os melhores brinquedos, roupas passeios e escolas.
Não queríamos que andassem á chuva, se magoassem nas ruas e vivessem as dificuldades pelas quais nós passámos.
Colocámos uma televisão na sala, e uma televisão e um computador no quarto de cada filho.
Preenchemos o tempo dos nossos filhos com actividades – Inglês, informática e musica.
Tivemos uma excelente intenção, só não sabíamos que as crianças precisavam de ter uma infância, necessitavam de inventar, correr riscos, decepcionar-se, ter tempo para brincar e encantar-se com a vida.
Não compreendemos que a televisão, os brinquedos, a Internet e o excesso de actividades bloqueavam a infância dos nossos filhos.
CRIÁMOS UM MUNDO ARTIFICIAL PARA AS CRIANÇAS.
As crianças e jovens de hoje aprendem a lidar com factos lógicos, mas não sabem lidar com fracassos e falhas.
Aprendem a resolver problemas matemáticos, mas não sabem resolver os seus conflitos existenciais.
São treinados para fazer cálculos e acertar, mas a vida é cheia de contradições.
Os jovens estão a ser treinados apenas para o sucesso, mas na prática, viver sem problemas é impossível, devemos usar o sofrimento para construir a sabedoria.
A nossa geração produziu mais informação que nenhuma outra, mas não sabemos o que fazer com ela, estamos a transformar as nossa crianças em máquinas de aprender.
Estamos a bloquear a inteligência das crianças e o seu prazer de viver com o excesso de informação que lhes oferecemos.
Os Jovens estão a ser seduzidos com estímulos rápidos e prontos.
Tornaram-se amantes do fast food emocional.
A televisão transporta os jovens, sem qualquer esforço, para dentro de uma excitante partida desportiva, para o interior de uma aeronave, para o cerne de uma guerra ….
Este bombardeamento de estímulos faz com que crianças e adolescentes não encontrem prazer nos pequenos estímulos da rotina diária.
Eles precisam de fazer muita coisa para ter um pouco de prazer o que gera personalidades instáveis e insatisfeitas.
Com a industria de lazer tão avançada com que vivemos, deveríamos ter a geração de jovens mais felizes que já pisaram a terra, Mas produzimos uma geração de insatisfeitos.
Devemos lembrar-nos que, mais valioso que oferecer objectos, é oferecer a nossa historia as nossas experiencias, as nossas lágrimas o nosso tempo.
O consumismo pode esmagar a estabilidade emocional, gerar prazeres superficiais.
Os Pais que vivem em função de dar presentes aos seus filhos são lembrados por um momento, os pais que se preocupam em dar a sua historia, tornam-se inesquecíveis.
Os Pais devem ter a coragem de falar dos dias mais tristes da sua vida, a ousadia de contar as suas dificuldades, de falar das suas aventuras e dos seus sonhos.
Antigamente, uma família estruturada era uma garantia de que os filhos desenvolveriam uma personalidade saudável, hoje, bons Pais, estão a produzir filhos ansiosos, alienados autoritários e angustiados.
Não temos controlo sobre o processo de formação dos nosso filhos que desde muito cedo estão em contacto com um sistema social controlador e esmagador que os bombardeia com milhares de estímulos sedutores.
As famílias tem que preparar os jovens para uma visão critica da sociedade para que não se tornem presas fáceis do sistema predatório. Não devem os Pais escolher por eles, mas ensina-los a escolher, ensina-los a pensar.
Não adiante cuidar diariamente da nutrição de biliões de células das crianças e descuidar a nutrição psicológica, de que adiante criar crianças saudáveis mas infelizes, instáveis, sem protecção emocional, que fogem aos problemas, que têm medo das criticas que não sabem ouvir um não.
Não adianta desgastar a relação familiar a corrigir constantemente as mesmas falhas, mais vale, ensinar os filhos a pensar –Educar não é repetir palavras, é criar ideias, é encantar.
Os mesmos erros merecem novas atitudes.
Devemos surpreender dizendo coisas que eles não estão á espera de ouvir, reagir de modo diferente aos seus erros, superar as suas expectativas.
Se perante uma situação, eles esperam uma reprimenda, devemos responder com um encorajamento, quando esperam uma atitude agressiva devemos surpreender com uma atitude afectuosa.
Devemos incentivar as crianças a ter metas, a procurar sucessos, mas também a não ter medo dos insucessos.
Devemos reconhecer os nosso próprios erros para que aprendam a enfrentar os seus e para que cresçam e aprendam com eles.
Os jovens de hoje não sabem ser contrariados, nunca em toda a história vimos crianças e jovens dominarem desta forma os adultos.
Temos que aprender a dizer NÃO sem medo, se não souberem ouvir um NÃO dos pais, não estarão preparados para ouvir um NÃO da vida.
Não devemos formar heróis, mas sim seres humanos que conhecem os seus limites e a sua força.
“ A nossa geração quis dar o melhor ás crianças e aos jovens.
Sonhámos grandes sonhos para eles.
Procurámos dar-lhes os melhores brinquedos, roupas passeios e escolas.
Não queríamos que andassem á chuva, se magoassem nas ruas e vivessem as dificuldades pelas quais nós passámos.
Colocámos uma televisão na sala, e uma televisão e um computador no quarto de cada filho.
Preenchemos o tempo dos nossos filhos com actividades – Inglês, informática e musica.
Tivemos uma excelente intenção, só não sabíamos que as crianças precisavam de ter uma infância, necessitavam de inventar, correr riscos, decepcionar-se, ter tempo para brincar e encantar-se com a vida.
Não compreendemos que a televisão, os brinquedos, a Internet e o excesso de actividades bloqueavam a infância dos nossos filhos.
CRIÁMOS UM MUNDO ARTIFICIAL PARA AS CRIANÇAS.
As crianças e jovens de hoje aprendem a lidar com factos lógicos, mas não sabem lidar com fracassos e falhas.
Aprendem a resolver problemas matemáticos, mas não sabem resolver os seus conflitos existenciais.
São treinados para fazer cálculos e acertar, mas a vida é cheia de contradições.
Os jovens estão a ser treinados apenas para o sucesso, mas na prática, viver sem problemas é impossível, devemos usar o sofrimento para construir a sabedoria.
A nossa geração produziu mais informação que nenhuma outra, mas não sabemos o que fazer com ela, estamos a transformar as nossa crianças em máquinas de aprender.
Estamos a bloquear a inteligência das crianças e o seu prazer de viver com o excesso de informação que lhes oferecemos.
Os Jovens estão a ser seduzidos com estímulos rápidos e prontos.
Tornaram-se amantes do fast food emocional.
A televisão transporta os jovens, sem qualquer esforço, para dentro de uma excitante partida desportiva, para o interior de uma aeronave, para o cerne de uma guerra ….
Este bombardeamento de estímulos faz com que crianças e adolescentes não encontrem prazer nos pequenos estímulos da rotina diária.
Eles precisam de fazer muita coisa para ter um pouco de prazer o que gera personalidades instáveis e insatisfeitas.
Com a industria de lazer tão avançada com que vivemos, deveríamos ter a geração de jovens mais felizes que já pisaram a terra, Mas produzimos uma geração de insatisfeitos.
Devemos lembrar-nos que, mais valioso que oferecer objectos, é oferecer a nossa historia as nossas experiencias, as nossas lágrimas o nosso tempo.
O consumismo pode esmagar a estabilidade emocional, gerar prazeres superficiais.
Os Pais que vivem em função de dar presentes aos seus filhos são lembrados por um momento, os pais que se preocupam em dar a sua historia, tornam-se inesquecíveis.
Os Pais devem ter a coragem de falar dos dias mais tristes da sua vida, a ousadia de contar as suas dificuldades, de falar das suas aventuras e dos seus sonhos.
Antigamente, uma família estruturada era uma garantia de que os filhos desenvolveriam uma personalidade saudável, hoje, bons Pais, estão a produzir filhos ansiosos, alienados autoritários e angustiados.
Não temos controlo sobre o processo de formação dos nosso filhos que desde muito cedo estão em contacto com um sistema social controlador e esmagador que os bombardeia com milhares de estímulos sedutores.
As famílias tem que preparar os jovens para uma visão critica da sociedade para que não se tornem presas fáceis do sistema predatório. Não devem os Pais escolher por eles, mas ensina-los a escolher, ensina-los a pensar.
Não adiante cuidar diariamente da nutrição de biliões de células das crianças e descuidar a nutrição psicológica, de que adiante criar crianças saudáveis mas infelizes, instáveis, sem protecção emocional, que fogem aos problemas, que têm medo das criticas que não sabem ouvir um não.
Não adianta desgastar a relação familiar a corrigir constantemente as mesmas falhas, mais vale, ensinar os filhos a pensar –Educar não é repetir palavras, é criar ideias, é encantar.
Os mesmos erros merecem novas atitudes.
Devemos surpreender dizendo coisas que eles não estão á espera de ouvir, reagir de modo diferente aos seus erros, superar as suas expectativas.
Se perante uma situação, eles esperam uma reprimenda, devemos responder com um encorajamento, quando esperam uma atitude agressiva devemos surpreender com uma atitude afectuosa.
Devemos incentivar as crianças a ter metas, a procurar sucessos, mas também a não ter medo dos insucessos.
Devemos reconhecer os nosso próprios erros para que aprendam a enfrentar os seus e para que cresçam e aprendam com eles.
Os jovens de hoje não sabem ser contrariados, nunca em toda a história vimos crianças e jovens dominarem desta forma os adultos.
Temos que aprender a dizer NÃO sem medo, se não souberem ouvir um NÃO dos pais, não estarão preparados para ouvir um NÃO da vida.
Não devemos formar heróis, mas sim seres humanos que conhecem os seus limites e a sua força.
Um comentário:
Porque por vezes não pensamos, ... não sabemos, ...ou simplesmente esquecemos!
Muito Obrigada!!
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